terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A maldição na Sexta Feira 13


Um dos caminhos de maior importância, senão o mais importante, era justamente aquele que conduzia os peregrinos à Terra Santa, ou seja, Jerusalém. Esse caminho, contudo, não era seguro, então nove Cavaleiros, liderados por Hughes de Payens reuniam-se para prestar este nobre serviço ao reino cristão e fundaram a Ordem dos Cavaleiros de Cristo com o tríplice voto de Castidade, Pobreza e Obediência, dedicando suas vidas à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de Cristo.

O então novo Rei de Jerusalém, Balduíno II, a título de reconhecimento e confiança, cedeu-lhes terras e o Templo de Salomão para que servisse de base. Assim os "Pobres Cavaleiros de Jesus Cristo" passaram a chamar-se de "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou simplesmente, "Cavaleiros Templários" e, assim nasceu a "Ordem do Templo", cuja denominação completa era: "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
Conta uma lenda, que os Cavaleiros Templários, teriam encontrado no Templo de Salomão, documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo essa lenda, um destes tesouros seria o próprio cálice onde fora recolhido o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que fora usado na última ceia: O Santo Graal . 

A Ordem do Templo, tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico. A Ordem ia crescendo, tanto política como economicamente. Estavam directamente sob a autoridade papal, e, portanto, sem responsabilidade para qualquer Rei. Passaram a possuir terras, castelos e muito dinheiro. Tamanha se tornara a sua força que mesmo Reis e Príncipes passariam a confiar toda fortuna que possuíam à sua guarda. 

As derrotas do exército cristão, no oriente, cessava a era das grandes cruzadas. Não havia mais terras santas e como tal deixou de haver necessidade da principal função da Ordem: a proteção dos peregrinos. 

Filipe IV, cognominado Filipe o Belo, rei de França que tentara fazer parte da Ordem do Templo, e fora lhe negado. Pede a Clemente V que extinga a Ordem. Era a dissolução da Ordem dos Templários e Clemente V seria o instrumento de Felipe, o Belo. Assim, numa SEXTA FEIRA 13 de outubro de 1307, Jacques de Molay e cerca de cinco mil Templários, quase todos aqueles existentes na França, foram encarcerados. As acusações mostravam as mais diversas heresias, a maioria destas processos movidos pela Santa Inquisição. O processo de inquisição contra os Templários culminou quando o último líder dos Templários, Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay, foram arrastados à morte na fogueira da Santa Inquisição. A lenda diz que, em meio as chamas, pouco antes de morrer, ouviu-se a voz de Jacques de Molay, o último Grão Mestre Templário, amaldiçoando o rei e o Papa. 

O rei Filipe tentou apoderar-se dos tesouros dos templários, no entanto quando os seus homens chegaram ao porto, a frota templária já tinha partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota terão sido Portugal, onde os templários seriam protegidos; Inglaterra, onde se refugiaram por algum tempo, e Escócia onde também puderam permanecer com bastante segurança. berço da Maçonaria. 

Após a aniquilação dos Templários na maior parte da Europa, a Ordem continuou em Portugal, como a Ordem de Cristo, criada por D.Dinis.

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