Por outro lado, simboliza também o sopro e o influxo espiritual de origem celeste. Os ventos são também considerados mensageiros divinos e por vezes até representantes do próprio Espírito de Deus. Nas tradições bíblicas são o sopro de Deus ordenando o caos primitivo e também animando o primeiro homem; aparecem comumente como instrumentos da força divina: dão vida, castigam, são mensageiros, dão coragem, ensinam, etc.
No hinduísmo, Vayu é o sopro cósmico, intermediário entre o Céu e a Terra.
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Os quatro ventos também foram relacionados às estações, aos elementos, aos cardeais, etc.
Eles são:
. Bóreas(N), o vento norte, frio e violento;
. Zéfiro (O), o vento oeste, suave e agradável; para os romanos, Favonio;
. Euro(L), o vento leste,criador de tempestades;
. Noto(S), o vento sul, quente e formador de nuvens.
Os Ventos do Leste na primavera desafiam a sair, depois de muito tempo recolhidos, durante os meses de inverno. Os Ventos do Sul no verão convidam a passar mais tempo fora, para gozar o sol quente do verão, quando tudo no mundo natural floresce e exala fragância. Os Ventos do Oeste chegam com o outono, é o tempo de crescimento, onde as coisas chegam à maturidade. É tempo de colheita, onde somos compensados pelo nosso trabalho. O frio vento do Norte, no inverno purifica e limpa a Terra e obriga as pessoas a ficarem quietas, para manter calor, renovar.
OS VENTOS TAMBÉM ESTÃO ASSOCIADOS ÀS FASES DO DIA.
O Leste com a madrugada e o nascer do Sol, o Sul com o meio-dia e o Sol alto, o Oeste com o crepúsculo, e o Norte com a meia-noite, o descanso.
Hoje estivemos ao sabor do vento em territorio Olissipo romano (onde tirámos esta foto), famoso porque as suas éguas concebiam do vento 'Favonius'. Assim se referia Plínio-o-Velho, nos meados do século I d.C. a este mito.
O mito era sobre as éguas das proximidades do cabo da Roca e do Rio Tejo que quando se voltavam para o Oceano eram fecundadas pelo vento de Oeste 'reconhecidamente quente e vivificador' (o Favonius romano ou o Zephyrus grego). Os potros nascidos desta "concepção milagrosa" eram velozes como o vento mas, em contrapartida, tinham uma vida muito curta. Este mito vinha, apenas, explicar a reconhecida agilidade e velocidade dos cavalos lusitanos.
Hoje rebolámos e viajámos com o vento !!!!!
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